Bed rotting: Quando o vosso corpo se recusa a sair da cama

Sabem aqueles dias em que não têm vontade de fazer nada? Nem de levantar, nem de pensar, nem de existir propriamente? Só ficar ali, deitados, a ver o teto ou a terceira temporada da vossa série de conforto pela quarta vez? Parabéns. Praticam oficialmente bed rotting.

Sim, agora tem nome. Porque hoje em dia tudo tem nome. E etiqueta. E tendência no TikTok.

Mas antes de entrarem em pânico, respirem. Vamos falar disto com calma — e debaixo da manta, se quiserem.

Cama com edredão macio e almofadas confortáveis, representando o conceito de bed rotting e descanso consciente.
📑 Índice:

O que é o bed rotting, afinal?

Bed rotting é basicamente passar longos períodos na cama, sem fazer grande coisa. Não é estar doente. Não é dormir. É existir, ali deitado, num estado meio zumbi, entre o scroll e o snack.

E antes que pensem que é só mais uma desculpa para ser preguiçoso... não é bem assim. Há uma linha ténue entre descansar e desligar do mundo por exaustão. E o bed rotting pode ser sintoma de muita coisa — burnout, ansiedade, desmotivação ou simplesmente uma tentativa desesperada de parar quando o corpo já não aguenta mais.


E por que é que isto está a acontecer a tanta gente?

Vivemos a correr. Entre objetivos, metas, produtividade tóxica e a ideia de que temos de estar sempre "a render". Resultado? O cérebro dá tilt. O corpo pede tempo fora. E a cama, esse porto de abrigo com lençóis lavados e almofadas fofinhas, vira quartel-general.

Não é coincidência que esta tendência esteja a crescer sobretudo entre os mais jovens, sobrecarregados e esgotados com a pressão constante para serem bem-sucedidos, magros, felizes e produtivos — tudo ao mesmo tempo, e com um feed bonito.

Mas isso faz bem? Ou faz mal?

Depende.

Se for uma pausa consciente, para descansar, ouvir o corpo e recarregar baterias — faz maravilhas. Às vezes, o que precisamos mesmo é de desligar do mundo e ouvir o silêncio (ou o barulho da Netflix a perguntar se ainda estamos aí).

Agora, se o bed rotting virar rotina, se deixarem de fazer o que gostam, de se mexer, de falar com os outros… então talvez valha a pena perguntar: o que é que está por trás disso?

É cansaço? É tristeza? É desmotivação? É o vosso corpo a dizer "chega"? Ou é só um domingo chuvoso?


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Como lidar com o bed rotting?

Vamos ser realistas: toda a gente já teve um momento de bed rotting. E tudo bem. Mas se querem manter o equilíbrio entre descanso e isolamento, aqui ficam algumas ideias:

Aceitem o descanso – Não é preciso culpas. Às vezes, parar é o mais produtivo que podem fazer.

Definam um limite – “Vou passar a tarde na cama, mas à noite saio para jantar” pode ser um bom compromisso.

Evitem o scroll infinito – O TikTok pode entreter, mas também vos suga a alma (e o tempo).

Observem os sinais – Se já não têm prazer em nada, se a cama virou o vosso único plano… falem com alguém. Psicólogos existem por uma razão.

Cuidem do ambiente – Se a vossa cama está cheia de migalhas e roupas por dobrar, vai ser difícil sentirem-se bem ali. Organização também é autocuidado.


A culpa não resolve nada (mas o descanso resolve muito)

Vivemos numa sociedade que glorifica o “estar sempre ocupado”. Mas ninguém aguenta estar no máximo 100% do tempo. E sim, descansar também é parte da produtividade. Também faz parte de sermos humanos.

Se precisarem de um dia de bed rotting, tirem-no com gosto. Ponham o telefone em silêncio, agarrem no vosso chá preferido e deixem-se ficar. Só não deixem que isso se torne o vosso normal, se puderem evitá-lo.


E vocês? Já praticaram bed rotting?

Contem tudo nos comentários. Há séries que vos acompanham nesses dias? Snacks preferidos de cama? Já se levantaram depois de 6 episódios seguidos a perguntar “têm a certeza de que querem continuar a ver?”

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