2024 está a ser um ano particularmente desafiante para mim. Entre o meu trabalho habitual, a pós-graduação e o fim de uma relação de quatro anos, senti que era puxada para mil direções ao mesmo tempo. E, sinceramente, o meu corpo e a minha mente começaram a pedir socorro. Foi aí que percebi: precisava de férias. Precisava de me afastar, de respirar, de cuidar de mim, e não estava disposta a abdicar disso.
Por isso, fiz aquilo que muitos consideram “corajoso”: decidi vir de férias sozinha.
O mais curioso é que, quando dizia às pessoas que ia viajar sozinha, muitas ficavam com uma expressão meio-estranha, como se eu tivesse dito que ia fazer escalada no Everest. Mas a maioria, e especialmente mulheres, elogiava-me. E foi exatamente isso que me deixou a pensar: por que motivo é que viajar sozinhas ainda é visto como um ato de coragem? Não deveria ser algo normal?
Recuando no tempo: a decisão que mudou tudo
Para perceberem melhor este meu pensamento, temos de voltar a 2016. Quando me divorciei, prometi a mim mesma que nunca mais iria depender da companhia de alguém para fazer o que me faz feliz. Na altura, achei que era um grito de emancipação, uma espécie de renascimento pessoal.
Mas hoje, enquanto escrevo sozinha no meu quarto de hotel, percebo que não era apenas emancipação. Era algo maior: um estilo de vida.
Viajar sozinha, sair sozinha, fazer coisas por mim e para mim… tudo isso se tornou parte da forma como existo no mundo. Não é um manifesto feminista (embora pudesse ser), nem uma bandeira de independência. É só… normal. Ou, pelo menos, devia ser.
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O que faço nas minhas férias a solo
Estas férias têm sido um verdadeiro mergulho em autocuidado. Divido os meus dias entre:
- Consultas médicas e exames gerais, estou no processo de redução alimentar e queria garantir que o meu corpo está a reagir bem às mudanças.
- Uma visita ao oftalmologista, que já estava mais do que na lista de pendentes.
- E, finalmente, uns dias num hotel, onde me dedico a ler, descansar e escrever… algo que já não fazia há demasiado tempo.
E sabem que mais? Sinto-me bem. Sinto-me inteira. Sinto que estar sozinha não é sinal de ausência, mas sim de presença, presença em mim mesma.
É coragem ou é simplesmente liberdade?
Quando me perguntam se viajar sozinha é preciso coragem, respondo sempre o mesmo: não, não é coragem, é liberdade. Sempre fui autónoma, sempre fui independente, e continuo a acreditar que isto devia ser visto como algo absolutamente normal, tanto por mulheres como por homens.
Por que é que ainda associamos a solidão escolhida a bravura? Porque nos ensinaram durante demasiado tempo que a nossa vida está sempre ligada à companhia dos outros. Mas quando escolhemos estar connosco, descobrimos um mundo onde o ritmo é nosso, as escolhas são nossas e o silêncio também é nosso.
E, sejamos sinceras, não há nada mais libertador.
Querem saber mais sobre as minhas férias a solo?
Se quiserem acompanhar um pouco mais destas minhas aventuras a solo, e, quem sabe, inspirarem-se para fazer o mesmo, passem pelo meu Instagram. Partilho por lá os bastidores, os pensamentos, os sítios por onde passo e tudo aquilo que estas pequenas escapadinhas me têm ensinado.
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O importante é nos sentirmos bem connosco próprias e aproveitar o tempo da melhor maneira, dando valor ao que realmente interessa
ResponderEliminarBjs
Ora nem mais! É isso mesmo!
EliminarSempre molto avvincenti e di bella lettura le tue pagine.
ResponderEliminarPer favore inserisci il traduttore nel tuo blog, grazie.
Un caro saluto
Minha xará...
EliminarEu não só venho sozinho, como vou só. Muitos pensam ser chato, mas não é. Olhar para onde se quer e fazer o que der na cabeça da gente é tudo de bom.
ResponderEliminarUm abraço.
Concordo plenamente! Aprendemos a ver as coisas com outro detalhe que se estivéssemos acompanhados muitas vezes não seria possivel1
EliminarEu faço isso já algum tempo, se tiver companhia ótimo, se não tiver ótimo também. Adoro a minha solitude porque aprendi a me virar só. Por isso lhe dou todo apoio! Vá em frente! o(*°▽°*)o Beijos!
ResponderEliminarÈ realmente importante aprendermos a vivermos sozinhos!
EliminarJá somos dois a passar férias sozinhos. Tem as suas vantagens e seus inconvenientes. Como divorciado que sou, já me habituei a esta situação.
ResponderEliminarO importante é estarmos bem conosco próprios.
Deixo os meus votos de um Feliz fim de semana!
Beijinhos.
Mário Margaride
http:!/poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Subscrevo as suas palavras!
EliminarTambém gosto de estar sozinha, mas se tiver uma companhia fica bom também bjs Teresa.
ResponderEliminarAh ah ah tens razão, mas depende sempre da companhia!
EliminarSaber se desprender da necessidade de ter alguém é tudo, né? Eu sinto que demorei demais pra chegar nesse ponto, e sinto que não estou lá 100% ainda (e no momento estou num relacionamento, então não sei se conta hahahah), mas sigo trabalhando!
ResponderEliminarAmei que você está se cuidando e se valorizando. Às vezes as pessoas esquecem que o amor próprio não é algo que vem de graça, mas algo que a gente tem que ativamente fazer pra conquistar (no sentido de a gente se cuidar, se priorizar etc.).
Post bastante inspirador, espero que curta bastante essas férias solo.
Beijinhos!
camundonguinha
Muito obrigada pela partilha e pelo feedback!
EliminarO mais importante é estarmos bem com nós mesmos
ResponderEliminarhttps://blogmariianaleal.blogspot.com/
E isso mesmo!
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