Para mim, os meses de setembro e janeiro sempre estiveram associados a recomeços. Talvez por isso, encaro-os como novas etapas da minha vida, momentos perfeitos para redefinir rotinas, rever prioridades e fazer aquelas arrumações profundas que me fazem sentir renovada.
Mesmo já não andando na escola nem na faculdade, continuo com este ritual (ou devo dizer, tradição?) de preparar-me mental e emocionalmente para uma nova fase. Este ano, que tem sido tudo menos previsível, também vai ter o seu pequeno twist, mas isso não me impede de pensar na nova estação, nas roupas de inverno, no armário por organizar e, claro, nas minhas fluffy slipper boots que tanto adoro.
Mas antes que comece a divagar sobre calçado quentinho, vamos ao que me trouxe aqui: o regresso às aulas.
Uma nostalgia inesperada
Este ano, senti uma nostalgia estranha em relação aos meus tempos de escola — especialmente ao secundário. Por algum motivo, comecei a lembrar-me das amizades, das conversas intermináveis nos intervalos e até das aulas que pareciam não ter fim. É curioso como o tempo nos faz olhar para trás com um misto de ternura e riso.
Que tipo de estudante era eu?
Nunca fui uma aluna exemplar, mas também nunca fui má. Havia sempre um equilíbrio entre as disciplinas em que brilhava e aquelas em que apenas tentava sobreviver. Felizmente, as primeiras eram em maior número, e isso garantia-me alguns privilégios junto dos meus pais.
Um deles? Poder faltar às aulas.
Como assim, faltar às aulas?
Sim, leram bem. Tinha uma espécie de “acordo” com os meus pais: podia faltar às disciplinas em que era boa, desde que as notas se mantivessem (ou melhorassem). Em troca, tinha de me esforçar mais nas matérias em que não era tão forte.
Antes que fiquem chocados, deixem-me explicar: esta estratégia funcionava porque envolvia organização, responsabilidade e autoconhecimento, três coisas que continuo a aplicar na vida adulta.
1.º O ensino em Portugal
Não acho que o ensino em Portugal seja mau, mas confesso que, na minha altura, muitos métodos eram aborrecidos e pouco envolventes. Lembro-me de uma professora de português no 12.º ano que simplesmente não sabia explicar a matéria. Resultado: comecei a faltar a muitas aulas.
Curiosamente, isso salvou a minha relação com a disciplina. Ao estudar sozinha, redescobri o gosto pela literatura e aprendi à minha maneira, no meu ritmo, sem pressões.
✅ Podem também querer ler: Trabalhar e estudar: Como fazer e ter sucesso
2.º Aproveitar o tempo (e aprender responsabilidade)
As minhas faltas nunca foram sinónimo de preguiça. Aproveitava-as para estudar, rever matérias ou simplesmente aprender algo novo. Essa liberdade forçou-me a ser responsável: sabia que, se as notas baixassem, o “acordo” terminava.
E poucas coisas ensinam mais sobre gestão do tempo e autodisciplina do que a liberdade acompanhada de responsabilidade.
Não quero incentivar ninguém a faltar às aulas, cada estudante é diferente e esta abordagem provavelmente não funcionaria com todos. Mas acredito que é importante perceber que o sucesso escolar (e pessoal) passa por conhecermos o nosso próprio ritmo e sabermos como aprendemos melhor.
Agora, se me dão licença, vou ali enviar o relatório do estágio da pós-graduação… e celebrar com umas novas fluffy slippers para dar as boas-vindas à nova estação.
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Ah, muito bem. Esse conceito de faltar a umas aulas, para estudar para outras disciplinas mais necessárias, até que não é descabido.
ResponderEliminarE essas pantufinhas são muito agradáveis.
Beijinhos.
Muito obrigada pelo feedback!
EliminarA gente sempre tem uma disciplina ou duas que não gosta, a minha era matemática, fui pra recuperação uma vez. As matérias que a gente gosta já indicam um caminho profissional. Nunca fui de faltar, mas entendo o seu ponto de vista.(´▽`ʃ♡ƪ) Beijos!
ResponderEliminarObrigada pela partilha!
EliminarYo odiaba matemáticas en la escuela. Te ves muy linda y ten un buen fin de semana. Te mando un beso.
ResponderEliminarObrigada :)
EliminarIsabel, yo era una estudiante promedio pero en matemáticas era lo peor, lo que mas me gustaba era Biología y geografía, en esas era la mejor.
ResponderEliminarCariños bella niña y besos, que tengas un hermoso día
Obrigada!
EliminarOlá, tudo bem?
ResponderEliminarAchei interessante esse trato que você fez com seus pais, acho que faz sentido. Um mal professor pode nos proporcionar uma experiência bem ruim de qualquer matéria mas um bom professor, nos faz querer aprender mais e mais.
gostei muito do seu texto.
Concordo plenamente!
EliminarOlá, Isabel
ResponderEliminarMudam-se os tempos mudam-se as vontades. Nada é como era antes. Então no meu tempo...nem vale a pena dizer nada.
Hoje, é bem diferente. Umas coisas melhores outras piores.
Deixo os meus votos de um Feliz fim de semana.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https:://soltaastuaspalavras. blogspot.com
Sim, o método de ensino tem mudado, mas não sei se evoluiu de verdade!
EliminarGreat blog
ResponderEliminarThanks!
EliminarGreat blog
ResponderEliminarInteressante a tua reflexão sobre como era o teu regresso às aulas e a gestão do teu tempo, faltando a algumas disciplinas preferindo estudar depois.
ResponderEliminarEstou como o Mário, no meu tempo faltar era impensável.
Adorei as botas/chinelo, que lindas.
Beijinhos
Entendo perfeitamente! Felizmente algumas coisas mudaram (seja para melhor ou para pior, dependendo do ponto de vista)
EliminarEu não era muito de faltar aula, e apesar das notas altas, a reclamação era sempre a mesma de que eu falava muito. Com o tempo aprendi a canalizar essa 'falação', que na verdade era o mesmo tédio que você enfrentava em algumas aulas, à escrita. Eu ficava em silêncio a aula toda, mas não necessariamente estava prestando atenção. Ainda assim, conseguia manter minhas notas altas (exceto matemática.. XD)
ResponderEliminarAté breve;
Helaina (Escritora || Blogueira)
https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
Muito obrigada pela tua partilha! Também parece ter sido uma boa solução!
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