Era terça-feira, 10h da manhã, e eu já sentia que tinha corrido uma maratona — mas, na verdade, tinha apenas respondido a meia dúzia de e-mails e olhado para a minha agenda sobrecarregada. O café já não fazia efeito, a concentração evaporava-se e, pior ainda, aquela sensação constante de estar sempre “em atraso” não me largava. Foi aí que percebi que o problema não era falta de produtividade… era algo mais profundo: o tão falado burnout.
O que é, afinal, o burnout?
O burnout é uma síndrome resultante de stress crónico relacionado com o trabalho, que não foi gerido de forma adequada. Não é “estar cansado” ou “precisar de férias” — é um estado de exaustão física, mental e emocional que afeta a motivação, a saúde e até a nossa perceção da vida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o burnout manifesta-se em três dimensões principais:
Exaustão – falta de energia física e mental para lidar com as exigências diárias.
Despersonalização – afastamento emocional e perda de empatia.
Baixa realização pessoal – sensação de incompetência e falta de propósito.
E não, não é exclusivo de grandes executivos. Pode afetar professores, cuidadores, trabalhadores independentes, estudantes e até quem gere a casa a tempo inteiro.
Sintomas mais comuns do burnout
Embora cada pessoa viva o burnout de forma diferente, há sinais de alerta que não devemos ignorar:
Exaustão constante – mesmo após dormir ou descansar.
Perda de motivação – tarefas que antes davam prazer agora parecem um peso.
Dificuldade de concentração – esquecer coisas simples ou perder o raciocínio com frequência.
Irritabilidade e impaciência – reagir de forma desproporcional a pequenas situações.
Alterações físicas – dores de cabeça, problemas digestivos, tensão muscular, palpitações.
Sensação de inutilidade – achar que nada do que se faz tem valor ou impacto.
Se estes sintomas vos soarem familiares, não os ignorem. É um aviso sério do vosso corpo e mente.
✅ Podem também querer ler: Estamos Realmente a Descansar nos Nossos Tempos Livres?
Como evitar o burnout
Evitar o burnout não é só sobre “descansar mais” — é sobre criar um estilo de vida equilibrado e sustentável. Aqui ficam algumas estratégias práticas:
Definam limites claros – Aprendam a dizer “não” quando necessário e estabeleçam horários de trabalho realistas.
Pausa não é luxo, é necessidade – Reservem tempo para relaxar, mesmo nos dias mais atarefados.
Priorizem o sono – Dormir bem é essencial para a recuperação física e mental.
Alimentem-se de forma equilibrada – O que comemos influencia diretamente o nosso nível de energia.
Movimentem o corpo – Atividade física regular ajuda a reduzir o stress e melhorar o humor.
Procurem apoio – Conversar com amigos, família ou um profissional de saúde mental pode fazer toda a diferença.
Reduzam estímulos – Momentos longe do telemóvel e redes sociais ajudam a acalmar a mente.
Organizem as vossas tarefas – Um planeamento realista evita a sobrecarga e ajuda a priorizar o que realmente importa.
A importância de ouvir o corpo
Se há algo que aprendi é que o corpo fala… e, quando não ouvimos, ele grita. O burnout não aparece de um dia para o outro — é o resultado de semanas, meses ou até anos a ignorar sinais. E quanto mais cedo atuarmos, mais fácil será recuperar.
Lembrem-se: cuidar da saúde mental não é um capricho, é uma necessidade. Uma mente saudável influencia todas as áreas da vossa vida — do trabalho às relações pessoais.
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Thanks a lot =)
ResponderEliminarVery interesting post. These days so many people gets burnouts, that's really hard.
Post bem completo. E é o que mais está acontecendo.
ResponderEliminarUma amiga foi ao médico ver e era burnout, ela é muito perfeccionista e estava trabalhando tanto.., uma hora o desgaste vem.
Beijos!!
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I don't know how to translate this but I do know burnout! I hope if you are burned out that you are doing much better. Thanks so much for your visit to Marmelade Gypsy.
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