Quando se fala em Inteligência Artificial, cloud e tecnologia de ponta, raramente se pensa em centrais nucleares ou em radioatividade. Mas, na verdade, o mundo digital em que vivemos está a consumir tanta energia que nos leva, inevitavelmente, a olhar para alternativas mais poderosas — e controversas — como a energia nuclear.
Neste artigo, vamos explorar a relação (cada vez mais próxima) entre o crescimento da IA e a necessidade de recorrer à radioatividade como fonte de energia. Curiosos? Continuem a ler.
A internet não é invisível — consome (muita) energia
Cada pesquisa no Google, cada vídeo no YouTube, cada conversa com o ChatGPT... tudo isto exige uma infraestrutura física por trás: os data centers. São naves industriais cheias de servidores, que precisam de funcionar 24/7, com sistemas de refrigeração potentes, e alimentados por uma quantidade absurda de eletricidade.
Agora, adicionem a isso o crescimento das IAs generativas. Sabiam que treinar um único modelo de IA pode consumir a mesma quantidade de energia que uma cidade pequena durante um ano?
É aqui que entra a questão: de onde vem essa energia?
Fontes atuais não chegam (e poluem)
Grande parte da energia mundial ainda vem de combustíveis fósseis. Se nada for feito, o crescimento da tecnologia digital pode tornar-se insustentável — tanto do ponto de vista ambiental como económico.
Segundo a Agência Internacional de Energia, os data centers e redes de comunicação já consomem mais de 2% da eletricidade global. Com a explosão da IA, esse número pode duplicar até 2030.
Para alimentar este crescimento de forma sustentável, há quem defenda que a energia nuclear é a solução mais viável.
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Energia nuclear: risco ou solução?
Sim, a palavra "nuclear" pode assustar. Mas quando comparada com as alternativas, a energia nuclear é uma das formas mais eficientes e com menor emissão de carbono. Uma única central pode fornecer energia constante e estável para milhões de dispositivos e servidores.
Com os avanços tecnológicos, os riscos têm diminuído. E perante o desafio energético que temos pela frente, a radioatividade pode deixar de ser vilã e tornar-se aliada silenciosa da tecnologia.
IA alimentada por átomos? Parece ficção, mas é realidade
A verdade é que, se quiserem continuar a viver num mundo ultra conectado, com IAs inteligentes, cloud disponível em segundos e streaming sem limites, será preciso fazer escolhas energéticas mais inteligentes também.
Já existem data centers alimentados parcialmente por energia nuclear. E vários países estão a investir em mini centrais nucleares para dar resposta à crescente procura digital.
Conclusão: não há futuro digital sem energia limpa
Enquanto se maravilham com os avanços da tecnologia, convém lembrar que tudo isso tem um preço — e é pago em watts. A IA pode ser o cérebro do futuro, mas precisa de um coração energético robusto. E esse coração, cada vez mais, poderá ser... nuclear.
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Bom dia. Uma excelente terça-feira, com muita paz e saúde. Interessante matéria, minha querida amiga, vi sábado sobre as duas usinas nucleares do Brasil. Acho não ficam 220 quilômetros de distância da minha casa. Obrigado pela excelente matéria.
ResponderEliminarVão tentar, eu sei, mas ninguém trava o progresso. E a saga continua: a mulher, que antes comandava o homem, terá os dois curvados a sua frente: o homem e a máquina.
ResponderEliminarTô seguindo seu blog.
This post really makes you stop and think. I never realized how much energy AI actually uses; it’s kind of wild to imagine that nuclear power might quietly be keeping our digital world running. I like how you made a complicated topic feel so clear and urgent.
ResponderEliminarOlá, Teresa.
ResponderEliminarInteressante texto aqui nos trazes. Como não sou especialista na matéria, não sei em concreto quão a energia nuclear pode ser ou não alternativa à energia convencional. Ou menos ou mais perigosa. No entanto, muitos países têm energia nuclear e não é por isso que as populações desses países correm perigo.
É natural que estes avanços tecnológicos, como a IA, têm que ter uma extraordinária fonte de alimentação. Mas, a evolução é mesmo assim.
Excelente texto aqui partilhas.
Beijinhos e ótimo dia!
Mário Margaride
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