Dia Mundial da Menopausa: como viver esta fase

Todos os anos, a 18 de outubro, assinala-se o Dia Mundial da Menopausa. Não, não é uma data inventada para nos lembrar dos afrontamentos ou da pilha de lenços no criado-mudo. É um dia criado pela Sociedade Internacional da Menopausa para dar visibilidade a uma etapa natural da vida das mulheres, promover informação correta e derrubar os tabus que ainda a envolvem.

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Uma memória pessoal

Lembro-me perfeitamente de ouvir a minha avó dizer que “a vida muda de capítulo quando a menstruação acaba”. Na altura, parecia-me uma frase solta, quase filosófica. Mais tarde percebi que havia muito de verdade ali: a menopausa não é apenas o fim da fertilidade, é também o início de uma nova fase de autoconhecimento, liberdade e transformação.

Ela própria contava que sofreu com os afrontamentos, mas também que foi nesse período que começou a cuidar mais dela, a fazer caminhadas e a valorizar momentos simples. Ou seja, a menopausa não tem de ser encarada como um ponto final, mas sim como uma vírgula que nos leva a reescrever o próximo parágrafo da nossa vida.

O que é a menopausa, afinal?

De forma clínica, a menopausa é confirmada quando passam 12 meses consecutivos sem menstruação. Acontece normalmente entre os 45 e 55 anos, sendo que a idade média em Portugal ronda os 51 anos.

É causada pela diminuição natural da produção de estrogénio e progesterona pelos ovários. E sim, essa mudança hormonal traz consigo alguns sintomas que todas já ouvimos falar:

• Afrontamentos (os famosos “calores” repentinos);
• Suores noturnos;
• Alterações no sono;
• Mudanças de humor;
• Secura vaginal;
• Maior risco de osteoporose e doenças cardiovasculares.

Apesar disso, é importante reforçar: a menopausa não é uma doença, mas sim uma fase fisiológica da vida da mulher.

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Curiosidades que talvez não conheçam

• A palavra “menopausa” vem do grego: men (mês) + pausis (cessação).
• Em culturas orientais, como a japonesa, a menopausa é vista como um período de sabedoria e renovação, sem o peso negativo que tantas vezes lhe damos no Ocidente.
• O estilo de vida tem um impacto direto: alimentação equilibrada, exercício físico regular e sono de qualidade ajudam a atenuar sintomas.
• Existem hoje várias opções de acompanhamento médico, desde terapias hormonais até soluções naturais, que podem fazer toda a diferença.

Por que devemos falar sobre menopausa?

Durante décadas, este foi um tema quase proibido. Quantas de nós crescemos sem ouvir as nossas mães ou avós falarem abertamente sobre o que sentiam? A verdade é que informação é poder. Saber o que esperar ajuda a reduzir a ansiedade e a preparar-nos melhor para esta etapa.

Falar de menopausa é também falar de qualidade de vida, autoestima e bem-estar feminino. Afinal, estamos a viver cada vez mais anos, e muitas mulheres passam um terço da vida pós-menopausa.

Como viver esta fase de forma mais leve

Se há algo que aprendi com a minha avó e com a experiência de amigas que já atravessaram esta transição, é que a organização do dia a dia faz diferença. Ter rotinas, planear melhor o tempo, cuidar do corpo e da mente ajuda a enfrentar sintomas e a viver esta etapa com mais leveza.

👉 Pequenos hábitos como preparar refeições saudáveis, incluir caminhadas na agenda e reservar tempo para relaxar podem transformar o dia a dia.

E é precisamente sobre esta transformação, que gosto de falar convosco, tanto aqui no blog como no meu Instagram, onde partilho dicas práticas, reflexões e inspirações para cuidarmos mais de nós mesmas.

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