Estávamos numa esplanada, em pleno verão, quando uma amiga me disse:
“Temos de aceitar todas as opiniões. Se não, somos intolerantes.”
Na altura, sorri e bebi o meu café como quem concorda. Mas aquela frase ficou ali, a tilintar na minha cabeça como uma notificação teimosa.
Temos mesmo de aceitar tudo? Sempre? Mesmo o inaceitável?
Foi só mais tarde que me deparei com o conceito de paradoxo da tolerância, de Karl Popper, e tudo começou a fazer mais sentido.
O que é o paradoxo da tolerância?
O paradoxo da tolerância é uma ideia desenvolvida por Karl Popper em 1945. Ele argumentava que uma sociedade que tolera tudo, inclusive ideias intolerantes, pode acabar por destruir a própria tolerância.
Ou seja, se deixarmos que o ódio, o preconceito e a violência simbólica cresçam em nome da liberdade de expressão, arriscamos perder os valores que sustentam essa mesma liberdade.
Quando tolerar se torna perigoso
Podemos observar o paradoxo da tolerância no nosso quotidiano:
- Quando alguém faz uma piada racista e respondem “temos de respeitar opiniões diferentes”;
- Quando discursos de ódio ganham palco com a desculpa de que “vivemos numa democracia”;
- Quando deixamos passar certos comentários para “evitar confusão”.
Mas será que o silêncio não é, também ele, uma forma de conivência?
Ser tolerante não significa permitir tudo. Significa proteger o espaço onde todos possam existir em segurança. E isso implica não tolerar o que ameaça essa segurança.
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Ser tolerante também é pôr limites
Esta reflexão levou-me a fazer mudanças. A definir melhor os meus limites — nas conversas, nas redes sociais, até nas amizades. Percebi que tolerar tudo era, muitas vezes, uma forma de anular-me.
Hoje sou mais crítica com o que permito entrar na minha vida. E mais firme em defender os valores que acredito. E não, isso não me tornou intolerante. Tornou-me mais consciente.
Como aplicar o paradoxo da tolerância, na prática?
Aqui ficam algumas ideias simples:
- Questionem sempre se a opinião em causa está a negar direitos fundamentais a alguém.
- Não validem comportamentos abusivos ou preconceituosos só para manter a harmonia.
- Pratiquem a empatia, mas também a coerência.
- Lembrem-se: tolerância sem limites pode destruir a liberdade.
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Porque ser tolerante também é saber escolher o que deixamos entrar na nossa cabeça — e na nossa vida.
coucou bonjour merci pour ta visite qui fait plaisire
ResponderEliminartres beau blog bonne fin apres midi bonne soirée bise ton amie thérèse
Ser tolerante a veces no es tan fácil, porque embarga acciones que no siempre son fructíferas. Un artículo muy interesante. Lo comparto. Un abrazo
ResponderEliminarOlá, Teresa!
ResponderEliminarVim agradecer a visita ao meu blog.
Uma boa semana para você.
bjsssssssss, Marli
Blog da Marli
Ser tolerante pra alguns não é fácil, mas concordo que ser tolerante é pôr limites, Teresa boa semana bjs.
ResponderEliminarNo es fácil ser tolerante en todo, magnifico post.
ResponderEliminarBesos
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