O paradoxo da tolerância: até onde devemos aceitar tudo?

Estávamos numa esplanada, em pleno verão, quando uma amiga me disse:

“Temos de aceitar todas as opiniões. Se não, somos intolerantes.”

Na altura, sorri e bebi o meu café como quem concorda. Mas aquela frase ficou ali, a tilintar na minha cabeça como uma notificação teimosa.

Temos mesmo de aceitar tudo? Sempre? Mesmo o inaceitável?

Foi só mais tarde que me deparei com o conceito de paradoxo da tolerância, de Karl Popper, e tudo começou a fazer mais sentido.

Pessoa a escrever num planner semanal sobre uma mesa de mármore, com amostras de cores ao lado — planeamento e organização pessoal.
📑 Índice:


O que é o paradoxo da tolerância?

O paradoxo da tolerância é uma ideia desenvolvida por Karl Popper em 1945. Ele argumentava que uma sociedade que tolera tudo, inclusive ideias intolerantes, pode acabar por destruir a própria tolerância.

Ou seja, se deixarmos que o ódio, o preconceito e a violência simbólica cresçam em nome da liberdade de expressão, arriscamos perder os valores que sustentam essa mesma liberdade.


Quando tolerar se torna perigoso

Podemos observar o paradoxo da tolerância no nosso quotidiano:

  • Quando alguém faz uma piada racista e respondem “temos de respeitar opiniões diferentes”;
  • Quando discursos de ódio ganham palco com a desculpa de que “vivemos numa democracia”;
  • Quando deixamos passar certos comentários para “evitar confusão”.

Mas será que o silêncio não é, também ele, uma forma de conivência?


Ser tolerante não significa permitir tudo. Significa proteger o espaço onde todos possam existir em segurança. E isso implica não tolerar o que ameaça essa segurança.


✅ Podem também querer ler: Como Lidar com Críticas sem Perder a Confiança


Ser tolerante também é pôr limites

Esta reflexão levou-me a fazer mudanças. A definir melhor os meus limites — nas conversas, nas redes sociais, até nas amizades. Percebi que tolerar tudo era, muitas vezes, uma forma de anular-me.

Hoje sou mais crítica com o que permito entrar na minha vida. E mais firme em defender os valores que acredito. E não, isso não me tornou intolerante. Tornou-me mais consciente.


Como aplicar o paradoxo da tolerância, na prática?

Aqui ficam algumas ideias simples:

  • Questionem sempre se a opinião em causa está a negar direitos fundamentais a alguém.
  • Não validem comportamentos abusivos ou preconceituosos só para manter a harmonia.
  • Pratiquem a empatia, mas também a coerência.
  • Lembrem-se: tolerância sem limites pode destruir a liberdade.


Querem viver com mais consciência?

Se gostaram desta reflexão, vão adorar o meu eBook gratuito:

Vida Nova em 10 Passos — uma abordagem prática para viver com mais propósito, equilíbrio e, claro, clareza mental.

👉 Quero o ebook para transformar a minha vida!

Imagem da capa do eBook Vida Nova em 10 Passos. Cores suaves e título ao centro. O livro propõe um caminho prático para organizar a vida com equilíbrio.

📲 E sigam-me no Instagram: @teresaisabel.silva.3/

Partilho conteúdos sobre organização, estilo de vida, motivação (com pitadas de sarcasmo) e muito mais.


Porque ser tolerante também é saber escolher o que deixamos entrar na nossa cabeça — e na nossa vida.


5 Comentários

  1. coucou bonjour merci pour ta visite qui fait plaisire
    tres beau blog bonne fin apres midi bonne soirée bise ton amie thérèse

    ResponderEliminar
  2. Ser tolerante a veces no es tan fácil, porque embarga acciones que no siempre son fructíferas. Un artículo muy interesante. Lo comparto. Un abrazo

    ResponderEliminar
  3. Olá, Teresa!
    Vim agradecer a visita ao meu blog.
    Uma boa semana para você.
    bjsssssssss, Marli

    Blog da Marli

    ResponderEliminar
  4. Ser tolerante pra alguns não é fácil, mas concordo que ser tolerante é pôr limites, Teresa boa semana bjs.

    ResponderEliminar
  5. No es fácil ser tolerante en todo, magnifico post.
    Besos

    ResponderEliminar

Enviar um comentário